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Pró-Reitoria de Extensão

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Internacionalização Universitária

1. O QUE É?
É notório que a globalização e o grande fluxo de informações que nos bombardeiam no dia a dia faz com que a educação esteja em constante aprimoramento e transformação. Assim, ensino, pesquisa e extensão precisam estar atentos a este cenário no intuito de formar bons profissionais.

Segundo Rudzki (1998, p. 16), a internacionalização universitária é “um processo de mudança organizacional, inovação curricular, desenvolvimento de pessoal e mobilidade estudantil com o objetivo de alcançar a excelência no ensino, pesquisa e outras atividades que as universidades realizam como parte de sua função.”

A importância da educação internacionalizada vai além do viés mercadológico e econômico. Após a segunda guerra mundial, o mundo, abalado com as barbáries do conflito, delineia os direitos humanos básicos, adotados pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, dentre outras coisas, aborda a educação em seu artigo 26, afirmando que: “A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz”.

A educação internacionalizada, portanto, é importante para a plena formação da personalidade e favorece a compreensão mútua entre os povos e a manutenção da paz mundial.

Na contemporaneidade, a internacionalização da educação tem evoluído da mobilidade de pessoas (manifestação recorrente) para a circulação de programas, abertura de campi (branch-campus), e instalação de instituições fora do país de origem (KNIGHT, 2005, apud LIMA, MARANHÃO, 2009).

 

2. COMO A EXTENSÃO SE INSERE NESSE CONTEXTO?
É importante destacar que a obtenção de conhecimentos e experiências do estudante universitário precisa ir além do que ele aprende em sala de aula. Assim, a extensão, que tem como atribuição conectar a universidade com a comunidade na qual está inserida e é parte do tripé educacional, tem papel fundamental nesse contexto. O ganho da sociedade e da universidade com a extensão é inegável.

O Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Ensino Superior Públicas Brasileiras (FORPROEX, 2013), propõe que, como internacionalização da extensão universitária, se compreenda “as ações de intercâmbio e de cooperação entre equipes de extensão e pesquisa que, envolvendo a participação de servidores universitários (docentes e/ou técnicos) e estudantes, desenvolvem atividades pedagógicas e/ou de construção compartilhada do conhecimento, em interação com suas respectivas comunidades, buscando soluções para os problemas econômicos e sociais, desenvolvendo o exercício da cidadania e potencializando a formação universitária.”

 

3. COMO POSSO INTERNACIONALIZAR MINHA AÇÃO DE EXTENSÃO?
A internacionalização das ações de extensão pode ocorrer de diversas formas, que vão desde a edição de jornais e periódicos em língua estrangeira até cursos com participação de palestrantes estrangeiros.

Periódicos publicados em inglês, por exemplo, voltado para comunidades internacionais, aumenta a visibilidade da universidade no contexto mundial, sendo a porta de entrada para outras parcerias.

Conforme já destacam Mattiello e Toledo (2020), dificuldades no âmbito financeiro, legal e linguístico, podem se apresentar como barreiras na realização de mobilidade acadêmica. Frente a este cenário, um novo conceito de internacionalização se tornou popular entre as universidades mundiais: a internacionalização em casa, que consiste em promover ações de cunho internacional, por meio de contato, discussão e compartilhamento de informações com pessoas vinculadas a instituições de ensino ao redor do globo, utilizando-se da internet e suas tecnologias; e também tem por objetivo proporcionar aos estudantes a oportunidade de desenvolver a compreensão do mundo e as competências interculturais para convivência neste cenário dentro de seu próprio campus.

A questão do aprendizado internacional online ainda trás a vantagem de que, haja vista que apenas um pequeno percentual da população brasileira fala inglês fluentemente, as plataformas e mídias online, especialmente aquelas assíncronas, permitem que o participante tenha um maior tempo, além de ferramentas, para compreender e responder a questionamentos da ação em que estiver participando.

Cursos de férias online, por exemplo, abertos para estudantes e docentes estrangeiros são uma forma de internacionalização das ações de extensão, uma vez que permite a troca de conhecimentos e experiências entre comunidades dos países envolvidos e enquadra-se nos critérios supracitados. Este exemplo, pode inserir-se no conceito de Collaborative Online International Learning (COIL), cuja uma das universidades pioneiras foi a The State University of New York (SUNY: http://coil.suny.edu/), que atualmente oferece eventos e consultoria para aquelas instituições que desejam incrementar seu aprendizado e para aquelas que desejam também implantar o COIL.

Esse modelo COIL utiliza-se de mídias usuais no meio acadêmico, como aplicativos Google (Classroom, Meet, etc), Skype, Zoom, dentre outros, o que torna o modelo acessível e de baixo custo para as universidades envolvidas.
Para auxiliar nesse processo, além do gerenciamento da ação de extensão pela PREX, a UFC dispõe de equipe especializada na Pró-Reitoria de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional no que tange à internacionalização, com destaque a sua Coordenadorias de Convênios Internacionais e a Coordenadoria de Mobilidade Acadêmica. Mais informações na página: www.prointer.ufc.br/pt/sobre-a-prointer/estrutura-organizacional.

 

4. QUAIS OS BENEFÍCIOS DE INTERNACIONALIZAR UMA AÇÃO DE EXTENSÃO?
Cientificamente, o contato com pesquisadores de outros países aumenta significativamente a gama de informações às quais estudantes e docentes têm acesso, bem como os resultados dos projetos compartilhados pelos diversos campi mundo afora podem se destacar em artigos publicados em periódicos internacionais e elevarem a reputação e qualidade das instituições envolvidas (MATTIELLO; TOLEDO, 2020).

Assim, pode-se citar:
• A criação de canais de troca de informações com a comunidade acadêmica internacional;
• O maior desenvolvimento que a internacionalização promove ao docente e discente;
• A oportunidade de criação de parcerias internacionais;
• Aumento da gama de informações a que os estudantes têm acesso;
• Aumento da reputação e qualidade das ações e instituições envolvidas.

 

5. A UFC JÁ TEM AÇÕES DE EXTENSÃO INTERNACIONALIZADAS?
A PREX possui várias ações com parcerias internacionais cadastradas. Abaixo segue as instituições internacionais que possuíam vínculo com ações de extensão cadastradas no ano de 2021:

Instituição Parceira País 
Christoffel-Blindenmission Deutschland Alemanha
Goethe Alemanha
Goethe Institut – Salvador Alemanha
Universidad Nacional de Artes Visuales en Buenos Aires Argentina
Universidade Cabo Verde Cabo Verde
Queen’s University Canadá
Queen’s University Canadá
Universidade de Ottawa Canadá
Universidade de Nankai China
Asociación Colombo – Francesa de Investigadores – COLIFRI – Bogotá Colômbia
COLIFRI Colômbia
Universidad Nacional de Colômbia-Bogota Colômbia
Universidade del Rosario – Bogotá Colômbia
Centro de Estudos de Educação Ambiental – GEA- Havana Cuba
Universidade Ecuador Equador
American Association of Petroleum Geologists Estados Unidos da América
American Chemical Society Estados Unidos da América
Columbia University Estados Unidos da América
Invitae Corporation – California Estados Unidos da América
OpenSim Technology LLC Estados Unidos da América
Oracle Company Estados Unidos da América
Universidade do Arizona Estados Unidos da América
Federação de Festivais de Orquestras Jovens EUROCHESTRIES França
Imerys França
Télécom SudParis França
ONG Internacional We World Itália
Universidade de Estudos de Torino – UNITO, Itália Itália
Universidade Internacional de Rabat – UIR, Marrocos Marrocos
Autónoma de Chiapas México
Universidade de Guadalajara México
Associação Criança Portugal
Centro de Investigações da Montanha do Instituto Politécnico de Bragança Portugal
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Portugal
Instituto de Investigação em Design Media e Cultura – ID+ Portugal
Universidade da Coruña Portugal
Universidade de Aveiro Portugal
Universidade de Évora Portugal
Universidade do Minho Portugal

 

As equipes extensionistas interessadas em realizar parcerias internacionais para suas respectivas ações devem procurar a Pró-Reitoria de Extensão .

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RUDZKI, Romuald Edward John. Strategic management of internationalization: towards a model of theory and practice. Newcastle University, Reino Unido, 1998. Disponivel em: <https://theses.ncl.ac.uk/jspui/bitstream/10443/149/1/rudzki98.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2022.

Declaração Universal do Direitos Humanos. Disponível em:  <https://www.ohchr.org/en/udhr/documents/udhr_translations/por.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2022.

CRUZ, Antônio; MACHADO, Márcia; CORDEIRO, Luiz Augusto. Programa de Internacionalização da Extensão Universitária (INTEREXT). Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Ensino Superior Públicas Brasileiras Comissão de Relações Internacionais (FORPROEX). 2013. Disponível em: <https://wp.ufpel.edu.br/prec/files/2013/11/inter_ext.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2022.

LIMA, Manolita Correia; MARANHÃO, Carolina Machado Saraiva de Albuquerque. O sistema de educação superior mundial: entre a internacionalização ativa e passiva. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas) [online]. 2009, v. 14, n. 3 [Acessado 7 Fevereiro 2022], pp. 583-610. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1414-40772009000300004>.

MATTIELLO, Rafael; TOLEDO, Naiani Borges. Internacionalização: A Interface com a Extensão Universitária. Revista Compartilhar. IFSP v. 5, n. 1,2020. São Paulo. Disponível em: <https://ojs.ifsp.edu.br/index.php/compartilhar/article/view/1590/1127>. Acesso em: 9 fev. 2022.

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