Revista Extensão em Ação divulga os artigos selecionados do XXV Encontro de Extensão que serão publicados em seu periódico
É com muita satisfação que a PREX, por meio da Equipe da Revista Eletrônica “Extensão em Ação”, divulga abaixo os trabalhos selecionados para serem publicados em seu períodico, conforme requisitos estabelecidos pelo Edital nº 8/2016-PREX.
Conforme regulamentado por esse edital, os projetos a seguir terão garantida pelo menos uma bolsa na seleção de bolsas de extensão do presente ano.
Oportunamente será divulgado o dia, horário e local da solenidade de premiação desses artigos.
1. Artigo: A OBRA DE SEBASTIÃO SALGADO E O DESVELAMENTO DO OLHAR
Coautora: Tábata Isis Silva Laboreiro, Graduanda em Psicologia/UFC, tabatalaboreiro@hotmail.com
Orientadora: Profª. Caciana Linhares Pereira, Coordenadora do Projeto, cacianalinhares@gmail.com
Resumo:
O Projeto de Extensão “Cine Freud, Cultura e Arte” apresentou em 2016 o filme-documentário “O Sal da Terra”, co-dirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado. A película narra a trajetória do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, que tem como marca fundamental de sua obra “o olhar”. A partir dos efeitos suscitados pelo filme e pela obra do fotógrafo, recorreu-se às concepções de Jacques Lacan sobre “o olhar”, a “função quadro” e a “função mancha” para direcionar este estudo. A investigação permitiu observar que Sebastião Salgado subverte um certo lugar comum na fotografia – e que coincide com uma posição do eu como aquele que “vê” ou “domina” o objeto visado – instaurando um olhar particular que descentraliza o eu: nesta fotografia, somos vistos em nosso ponto de desfalecimento.
2. Artigo: DIREITOS DAS MULHERES NEGRAS E O SISTEMA PENITENCIÁRIO CEARENSE
Coautora: Dávila Ferreira Ribeiro, Graduanda em Direito/UFC, davila.ribeiro10@gmail.com
Orientador: Prof. Gustavo César Machado Cabral, Coordenador do Projeto, gustavocesarcabral@gmail.com
Resumo:
A política carcerária feminina do estado do Ceará revela não só a precariedade comum ao sistema penitenciário brasileiro, como uma série de deficiências no que tange à garantia dos direitos das mulheres. São violações que agridem a dignidade humana e as especificidades da condição feminina, resultando em abusos característicos da estrutura misógina da sociedade nacional contemporânea. Para discutir esse problema e buscar melhorar a situação das mulheres do Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa, surgiu o projeto “Mulheres Negras: quebrando os laços das novas correntes”, do Instituto Negra do Ceará (INEGRA). Através das visitas à penitenciária e do acompanhamento de processos judiciais, o projeto foi capaz de amenizar algumas das principais necessidades das encarceradas. Pôde-se, ao fim, perceber o quão fragilizado é o sistema penal feminino cearense e como ele precisa ser repensado e melhor planejado para garantir a efetivação dos direitos humanos daquelas que se encontram reclusas.
3. Artigo: ESCOLA DA TERRA E PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: FORMAÇÃO DOCENTE
Coautor: Igor Eduardo de Lima Moreira, Graduando em Pedagogia/UFC, final.eduardo.7@gmail.com;
Orientadora: Clarice Zientarski, Coordenadora do Projeto, claricezientarski@yahoo.com.br
O Artigo trata sobre a formação continuada de docentes, tendo como enfoque especial à formação realizada por meio do Projeto de Extensão da Universidade Federal do Ceará – UFC: Escola da Terra – Formação de professores de escolas multisseriadas do campo e quilombolas. Aborda as premissas que envolvem o projeto Escola da Terra como instrumentos de superação das contradições educacionais presentes no campesinato. A metodologia fundamenta-se no materialismo histórico dialético e, a formação desenvolvida com os cursistas apresenta como proposta pedagógica a Pedagogia Histórico-Crítica. Os resultados obtidos até o momento sinalizam para a importância da formação, tendo em vista que segundo o Censo Escolar/INEP/2015, vinte e quatro por cento (24%) das matrículas registradas no ensino regular e EJA vincula-se a escolas rurais, dos quais 33.986 estudantes frequentam classes multisseriadas, com 346 mil professores, o que torna imperioso vincular os métodos educacionais e a formação com os interesses da classe trabalhadora.
4. Artigo: GRUPO TERAPÊUTICO INTERDISCIPLINAR: EXPERIÊNCIA ENTRE FARMÁCIA E PSICOLOGIA
Coautores: Crislanny Fonteles da Silva, Graduanda em Psicologia/UFC, crislannyf@live.com; Jamile Oliveira Gomes, Graduanda em Farmácia, jamille_oliveira16@hotmail.com; Anderson de Castro Lima, Graduando em Psicologia/UFC, lima.castro94@outlook.com
Este artigo visa descrever a experiência interdisciplinar vivida por graduandos de farmácia e de psicologia no acompanhamento de grupos terapêuticos destinados aos cuidadores de crianças e adolescentes que fazem uso de psicofármacos em um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPS i) do município de Fortaleza-Ce. Aplicou-se o Guia de Gestão Autônoma de Medicamentos (GGAM) que se apresenta dividido em seis passos. Os grupos são constituídos, em média, por cinco cuidadores que frequentam o CAPS i semanalmente ou quinzenalmente. No momento atual, todos são do sexo feminino, desempregadas e com grau de parentesco com a criança/adolescente. O grupo terapêutico é uma ferramenta utilizada para a valorização do cuidador, uma vez que o mesmo passa a ser ouvido e acolhido no pensar sobre suas possibilidades e dificuldades no acompanhamento da criança/adolescente. Tal experiência parece contribuir para a valorização da atuação interdisciplinar no âmbito da saúde mental assim como, viabiliza a experiência teórico-prática para os discentes envolvidos no projeto qualificando a formação acadêmica e permitindo um olhar crítico sobre as práticas de saúde voltadas ao acolhimento deste público.
5. Artigo: OPEN JOURNAL SYSTEMS VERSÕES 2 E 3: UMA COMPARAÇÃO ERGONÔMICA
Orientador: Prof. Osvaldo de Souza, Coordenador do Portal de Periódicos da UFC, osvsouza@gmail.com
Neste artigo avaliam-se as versões 2 e 3 do Open Journal Systems(OJS) com o objetivo de obter informações que permitam realizar uma comparação do ponto de vista ergonômico entre as duas versões. Tal comparação é nosso objetivo principal. Essa temática foi escolhida devido ao recente lançamento da versão 3 do OJS, que foi apresentado pelo grupo Public Knowleged Project(PKP), desenvolvedor do OJS, como uma correção e melhora dos problemas ergonômicos da versão 2. Para coletar essas informações, foi realizada uma análise hierárquica de tarefas em conjunto com uma análise baseada nos critérios ergonômicos desenvolvidos por BASTIEN e SCAPIN(1993). Três tarefas do OJS foram analisadas neste artigo: a tarefa de submissão, de avaliação e de edição. As análises realizadas demonstram que a versão 3 possui melhoras perceptíveis na estrutura das tarefas escolhidas, bem como grandes melhorias no que dizem respeito aos critérios ergonômicos escolhidos. Do trabalho, concluiu-se que a versão 3 do OJS é de fato melhor desenvolvido nas questões apontadas pelo grupo PKP.
6. Artigo: RELAÇÕES DE TRABALHO E CULTURA DA INFORMALIDADE NAS FEIRAS MÓVEIS
Orientadora: Profª. Lara Capelo Cavalcante, Coordenadora do Projeto
Resumo:
As relações de trabalho e a cultura da informalidade nas feiras móveis (que se instalam em diferentes bairros a cada dia da semana) são responsáveis por uma alternativa de consumo e pela geração de emprego e renda para muitos cidadãos brasileiros. Nesse contexto, o presente artigo extensionista é multidisciplinar, consubstanciado em atividade jurídica, contábil e antropológica sobre as relações de trabalho e a cultura da informalidade apresentadas na feira móvel dos bairros Cidade 2000 e Praia do Futuro em Fortaleza. Objetiva-se compreender a visão nativa dos feirantes sobre os direitos trabalhistas e as possibilidades de formalização, traçando-se um paralelo entre as classificações legais relativas às relações de trabalho (autônomo, avulso portuário, avulso não portuário, eventual, empregado) e a realidade apresentada em campo. Utilizou-se a pesquisa bibliográfica sobre as relações trabalhistas legais e a investigação etnográfica através de uma descrição densa das condições laborais dos feirantes, refletindo a realidade vivenciada por esses trabalhadores. Nos resultados, notou-se que grande parte dos feirantes atua por conta própria, como autônomos, porém, existem os que exercem trabalho subordinado, constituindo relações de emprego, as quais são na sua maioria informais. Observou-se que os feirantes não possuem, em geral, uma visão positiva sobre as relações de trabalho legais, segundo eles, a formalização é burocrática e torna-se mais cara devido aos impostos. Permitiu-se uma classificação legal dos tipos de trabalhadores encontrados nesse locus urbano e uma maior disseminação de informações sobre os benefícios trabalhistas provenientes da formalização.
A Pró-reitoria de Extensão manifesta, em nome de seus Editores, os especiais agradecimentos aos que se submeteram a esse processo de seleção, os quais contribuíram para o fortalecimento da missão deste periódico em disseminar e promover novos conhecimentos na área da extensão.
Fonte: Roberto Múcio Chagas, Revista Eletrônica ‘Extensão em Ação’ – revista@prex.ufc.br